O Paraná atraiu mais de R$ 57,9 bilhões em investimentos privados ao longo dos últimos anos por meio do Paraná Competitivo. Entre 2019 e 2025, o programa do Governo do Estado que oferece incentivos e benefícios para empresas que desejam se instalar ou expandir operações no Estado assinou 467 contratos de parceria para implantação e ampliação de parques industriais. O número não só gerou milhares de empregos em todo o Estado (cerca de 51 mil) como colocou o Paraná no mapa das grandes indústrias nacionais e internacionais.
Criado em 2011 com o objetivo de tornar o Estado mais atrativo para novos empreendimentos, o programa teve justamente ao longo dos últimos seis anos o seu maior boom de contratos firmados. Ele saltou de 24 em 2019 para 115 em 2024. Em 2025, foram 40 apenas nos cinco primeiros meses do ano — incluindo o investimento de R$ 6,7 bilhões com da XBRI Pneus com a multinacional chinesa Linglong Tire, o segundo maior valor da história recente paranaense.
Segundo o secretário da Fazenda, Norberto Ortigara, esse crescimento expressivo de parcerias no período reflete o sucesso do programa e o cenário de estabilidade econômica do Estado. “Esse é um número que evidencia o bom momento atual do Paraná como um ambiente propício para negócios. Temos uma economia forte, estável e bastante consolidada que transmite segurança – algo que qualquer empresa do Brasil e do mundo procura”, explica. “A boa gestão é reconhecida pelo setor privado, o que se converte em mais investimentos e mais empregos”.
O acordo assinado com a XBRI Pneu e a chinesa Linglong é um exemplo disso. As empresas vão instalar uma nova fábrica de pneus em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, e foi justamente essa segurança transmitida ao setor produtivo que as fizeram escolher o Paraná como destino de seu investimento bilionário.
Outra parceira histórica do Paraná é com a Klabin, que aportou cerca de R$ 13 bilhões via Paraná Competitivo para expandir sua operação na cidade de Ortigueira, também nos Campos Gerais, a partir dos projetos Puma e Puma II. Juntos, eles são até hoje os maiores investimentos privados da história do Paraná, liderando esse boom de parcerias atraídas pelo Governo Estadual com o programa.
“O Programa Paraná Competitivo tem sido um parceiro estratégico essencial para a Klabin, impulsionando a execução eficiente e bem-sucedida dos projetos, gerando resultados positivos para a companhia e para o Estado do Paraná”, celebra o diretor-geral da companhia, Cristiano Teixeira.
Para o diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin, o crescimento no total de investimentos privados firmados ao longo dos últimos anos reflete tanto a evolução de programas de atração, como o Paraná Competitivo, como a própria maturidade conquistada pelo Estado ao agilizar processos e realmente oferecer ao setor produtivo um ambiente de negócios facilitado e atraente.
Segundo ele, o Paraná desenvolveu um know-how único no País para simplificar processos e reduzir burocracias – o que, para a indústria, é tão ou ainda mais importante que os próprios incentivos fiscais. O programa é coordenado pela Secretaria da Fazenda do Paraná em parceria com a Invest Paraná. Os incentivos pleiteados devem atender a legislação estadual e são avaliados de forma técnica. Eles levam em consideração o setor econômico, número de empregos, impactos econômicos, sociais e de meio ambiente, adensamento da cadeia produtiva e grau de inovação.
“As empresas estão vindo para cá em busca de oportunidades que vão além dos incentivos oferecidos. É a velocidade, é a forma como damos as respostas e soluções que faz com que elas nos procurem”, explica Bekin. “Da conexão com as secretarias de Estado ao diálogo com as prefeituras, o Paraná criou uma habilidade competitiva muito importante e que tem atraído cada vez mais empresas para cá”.
Ao mesmo tempo, os benefícios oferecidos também são um atrativo importante. As empresas enquadradas no programa podem pleitear incentivos fiscais sustentados pela legislação e sem configurar em renúncia fiscal. “A essência do Paraná Competitivo é conceder incentivos fiscais para projetos futuros, mas isso não quer dizer que o Estado está abrindo mão de receita”, explica o coordenador do programa, Francisco Inocêncio. “São receitas novas que, sem esses investimentos, não se concretizaram”.
A prova de que isso tudo gera um ambiente perfeito para o setor industrial é que criou-se uma espécie de ecossistema em que um investimento atrai o outro, criando uma cadeia que se conecta e que tem o Paraná como ponto central. “Em 2024, por exemplo, a Renault do Brasil firmou um acordo de investimento bilionário e que gerou um efeito multiplicador que resultou na recente vinda da XBRI”, descreve Inocêncio. “São negócios que se conversam e o Paraná criou um cenário perfeito que permite essa interligação entre elas”.
Fonte: AENPR