Por Tiago Mendonça
Oscar Piastri voltou das férias da Fórmula 1 da melhor forma possível: vencendo o GP da Holanda de ponta a ponta, no último fim de semana. O australiano largou da pole, liderou todas as 72 voltas e cruzou a linha de chegada com autoridade, ampliando sua vantagem no campeonato de pilotos de nove para 34 pontos.
Agora, Lando Norris terá de descontar em média quatro pontos por corrida para superar o companheiro de equipe na disputa pelo título mundial. Apesar dessa liderança confortável, Piastri mantém os pés no chão, faltando nove etapas para o fim do campeonato.
“Se conseguirmos manter isso, será maravilhoso, mas ainda há um longo caminho pela frente, então vamos continuar fazendo uma corrida de cada vez”, avalia o piloto australiano. O próximo embate entre os pilotos da McLaren será neste domingo, 7, com o GP da Itália em Monza, simplesmente o circuito mais veloz de toda a temporada.
A pista é também a casa da Ferrari, que chega à Itália em má fase depois do duplo abandono sofrido em Zandvoort, onde Lewis Hamilton bateu sozinho e Charles Leclerc foi tirado da prova por Andrea Kimi Antonelli. Para piorar, Hamilton ainda terá de cumprir uma punição de cinco posições no grid, por desrespeitar bandeiras amarelas na Holanda.
Enquanto isso, o mercado de pilotos segue agitado. Poucos dias após confirmar Valtteri Bottas e Sergio Pérez como titulares para 2026, a equipe americana Cadillac oficializou que Colton Herta, piloto da Indy, será piloto de testes do time. O nome de Herta já circulava nos bastidores desde antes do anúncio da dupla Bottas e Pérez, em 26 de agosto.
Agora, o americano de 25 anos, filho do ex-piloto Bryan Herta, assume oficialmente uma função estratégica para o futuro da equipe. Herta carrega no currículo nove vitórias e 16 pole positions em 116 largadas na Indy, além do feito histórico de ter sido o mais jovem vencedor da categoria em 2019.
“Esta é uma oportunidade dos sonhos, pela qual venho trabalhando há muito tempo. Fazer parte da equipe Cadillac F1 em um momento tão crucial é algo que eu não poderia deixar passar”, comemorou o piloto. Ele também destacou que vê a função como um passo essencial para seu grande objetivo: “Meu sonho sempre foi correr na Fórmula 1 e vejo essa mudança como um grande passo em direção a esse objetivo. Por enquanto, meu foco é dar tudo de mim para a Cadillac F1, ajudando a construir uma equipe competitiva.”
Essa não será o primeiro contato de Herta no universo da F1. Em 2022, testou um McLaren MCL35M em Portimão, deixando uma boa impressão. O problema, no momento, é que Herta ainda não possui pontos suficientes para solicitar a Superlicença, documento obrigatório para correr de F1. Mas existe uma grande possibilidade de ser confirmado na F2 já em 2026, justamente para tentar obter os pontos que faltam.
Legenda: Oscar Piastri
Foto: McLaren