O Departamento de Estradas de Rodagem de São Paulo (DER) lançou na terça-feira (11) o Programa Jovens Motociclistas. Alinhado à Segunda Década de Ação para a Segurança Viária (2021-2030) da ONU – que propõe o pacto de 50% de redução das mortes e lesões no trânsito até o ano de 2030 –, a iniciativa visa contribuir para a redução dos acidentes envolvendo motociclistas, tendo como prioridade o público jovem, com ações que vão além da fiscalização e focam na mudança efetiva de comportamento nas vias.
Dados de 2024 do Infosiga, do Detran-SP, indicam que a faixa etária de 20 a 29 anos representa 36% das vítimas fatais entre motociclistas nas rodovias administradas pelo DER-SP.
Vinculado à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), do Governo de São Paulo, o DER revelou, através de informações do Departamento e da Polícia Militar Rodoviária, que a participação de motociclistas entre as vítimas fatais, em acidentes registrados nas rodovias estaduais, aumentou cerca de 15% entre 2019 a 2024. Nestas rodovias e estradas administradas pelo DER-SP, a predominância masculina é evidente, com 84% dos óbitos na faixa de 20 a 29 anos sendo registrados entre homens, enquanto as mulheres compõem os 16% restantes.
Atividades para conscientizar
Durante o lançamento do Programa Jovens Motociclistas, na sede do DER-SP, na capital paulista, os participantes assistiram a um vídeo educativo sobre práticas seguras e participaram de um quiz interativo sobre segurança no trânsito, com ênfase no uso obrigatório de equipamentos de proteção, como o capacete, e outras boas práticas de pilotagem defensiva. Ao final das atividades, foram distribuídos folhetos informativos e kits com brindes, incluindo cordões personalizados, protetores de calçado e coletes refletivos, de acordo com a pontuação obtida na ação.
Também houve atividades lúdicas e informativas, uma delas “Curta o Circuito”, que simulou a exposição aos riscos do consumo inadequado de bebidas alcoólicas e de outras imprudências no trânsito. Utilizando óculos simuladores de embriaguez, os participantes enfrentaram um circuito de obstáculos, experimentando, na prática, os efeitos da alteração da percepção e da coordenação motora.
Já a atividade intitulada “Consciência x Culpa” consistiu em uma série de perguntas para traçar o perfil do participante – seja ele motociclista, motorista de veículo de passeio/utilitário/ônibus/caminhão ou pedestre, habilitado ou não. O cruzamento das respostas gerou uma avaliação personalizada sobre comportamento individual no trânsito e, ao final, cada participante recebeu um vídeo destacando os riscos associados a atitudes imprudentes.
A iniciativa contou com a parceria do Sindimoto-SP (Sindicato dos Mensageiros, Motociclistas, Ciclistas e Mototaxistas Intermunicipal do Estado de São Paulo) e da AMA BR (Associação dos Motofretistas de Aplicativos e Autônomos do Brasil), e deve incluir novos eventos educativos ao longo de 2025. (Governo de SP)
Legenda: Participantes assistiram a um vídeo educativo sobre práticas seguras e participaram de um quiz interativo sobre segurança no trânsito.
Foto/ DER
