Por Tiago Mendonça
Agosto é tradicionalmente o mês de férias da Fórmula 1, com um intervalo de quase um mês inteiro entre os GPs da Hungria, dia 3 de agosto, e da Holanda, que é o próximo, marcado para 31 de agosto. Mas como funciona exatamente essa parada e o que pode e não pode fazer?
As equipes de Fórmula 1 devem fazer duas paradas obrigatórias ao longo do ano, incluindo o fechamento da fábrica. A primeira pausa é esta de agosto, por 14 dias consecutivos. São as chamadas férias do verão europeu. Depois, no período entre Natal e Ano Novo, as equipes param por mais 9 dias corridos.
Conforme o número de corridas aumentava, em destinos cada vez mais distantes da Europa, base de todos os times, a Fórmula 1 foi pressionada pelas equipes a criar um espaço no calendário durante as férias do verão europeu, para que os membros das equipes pudessem estar com suas famílias.
Essa prática teve início em 2001, com as corridas e viagens parando por duas ou três semanas no meio do ano, mas ainda era permitido trabalhar nas fábricas. A FIA transformou a pausa em regra a partir de 2014, com um controle rígido das atividades das equipes, incluindo vistorias aleatórias e acesso aos computadores.
O item passou a fazer parte do regulamento desportivo, assegurando que seja um período de parada total – com punições previstas para quem descumprir.
Nos 14 dias em que a fábrica permanece fechada, os funcionários não podem atuar nas áreas de desenho, desenvolvimento ou produção de peças, planejamento ou realização de reuniões, uso do túnel de vento ou usinagem de peças, uso de CFD, montagem ou desmontagem do carro.
Na fábrica, podem ser realizadas apenas tarefas essenciais, como manutenção e limpeza. Fora da fábrica, áreas não relacionadas à performance, como marketing, jurídico e financeiro, também estão autorizadas a trabalhar.
No total, basta cumprir 14 dias corridos de pausa e cada equipe escolhe a própria data de fechamento e de reabertura da fábrica dentro do período. Isso permite que algumas equipes parem mais tarde do que outras, para efetuar reparos em carros danificados, por exemplo. Mas isso também precisa de autorização da FIA.
Os pilotos voltam na semana que antecede a corrida, para retomar o trabalho no simulador. Até lá, ficam de férias ou cuidando de outros aspectos da carreira. Gabriel Bortoleto, por exemplo, está no Brasil e visitou a etapa da Stock Car no último fim de semana, em Curvelo, MG.
Legenda: Gabriel Bortoleto
Foto: Sauber