Por Járcio Baldi
As equipes e pilotos da MotoGP estão em férias, mas o Campeonato Mundial de MotoGP não para, anunciando mudanças para os próximos anos. Após revelar o calendário de 2026, o campeonato agora confirma que, a partir de 2027, todas as três categorias serão 100% movidas a combustíveis não fósseis. Esse anúncio vem somado às mudanças já anunciadas que reduzirá a cilindrada para 850cc (atualmente 1000cc), limitará a aerodinâmica das motos, minimizando a pressão aerodinâmica sobre os pneus dianteiros e eliminará todos os dispositivos de altura que conhecemos hoje.
Em relação ao movimento de pilotos para 2027 o Diretor da Equipe Honda HRC, Alberto Puig, afirmou a um periódico espanhol que: “Em 2027, todas as equipes terão a opção de contratar novos pilotos e nós, como fabricantes, estamos analisando todas as possibilidades, e cada equipe fará a melhor seleção possível de pilotos para o futuro”. Entre esses candidatos, o nome de Jorge Martín parece estar no topo da lista na fábrica japonesa.
E o nome do brasileiro Diogo Moreira continua em alta no paddock da MotoGP. Yamaha e Honda estão disputando o jovem de apenas vinte e um anos, com a Honda apostando alto no garoto e segundo fontes teria oferecido um contrato de três anos pagando cerca de € 1,5 milhão por temporada segundo a SKY Itália. Marc Marquez, segundo a imprensa, teria feito uma pressão para que a Ducati contratasse Diogo, mas parece um tanto improvável pela falta de assento nas equipes equipadas pela fábrica italiana. Ainda não se sabe onde a Ducati poderia encontrar espaço e se decidirá fazê-lo. Diogo deve decidir seu futuro durante as férias de verão, mas uma promoção à MotoGP parece extremamente provável.
O veterano gerente da MotoGP, Carlo Pernat admitiu que a estratégia da Ducati em contratar Marc Márquez estava correta. Enea Bastianini, piloto então gerenciado por Pernat, perdeu sua vaga na equipe de fábrica da Ducati Lenovo para Marc Márquez. O hexacampeão mundial de MotoGP tornou-se companheiro de equipe de Francesco Bagnaia nas temporadas de 2025 e 2026. Isso resultou também na perda de Jorge Martin para a Aprilia e a transferência da Pramac para a Yamaha. Pernat inicialmente criticou a decisão. O gerente sênior argumentou que ela ia contra a filosofia de longa data da Ducati de desenvolver jovens talentos, mas recentemente admitiu que a fábrica italiana fez o correto.
Em teoria, Gigi Dall’Igna contratou Marc para lidar com as limitações da GP25. “Gigi sabia que o projeto Desmosedici havia atingido seu auge”. “Claramente, a GP25 era uma moto imperfeita e Gigi provavelmente sabia que, além da GP24, era impossível melhorar e muito fácil regredir”, explicou Pernat. “Então ele estava procurando um piloto que pudesse fazer a diferença, mas isso não significa que a moto fosse feita sob medida para Márquez; isso é um equívoco”, continuou. “Mas eles sabiam que havia o risco de a moto regredir tecnicamente, e por isso escolheram um piloto que pudesse dar dois passos à frente sozinho”, acrescentou o empresario italiano. E os resultados foram impressionantes. Márquez dominou a primeira metade da temporada de 2025, vencendo 19 das 24 corridas, incluindo 11 corridas sprint e oito vitórias na corrida principal.
Foto/ MotoGP