Por Járcio Baldi
Saiu o calendário de 2026 do Mundial de Motovelocidade – MotoGP, incluindo o Brasil como a segunda prova do ano, no Autódromo Ayrton Senna, em Goiania nos dias 20 a 22 de março. Ainda necessita a homologação do mesmo após a finalização das obras, de acordo com as regras de segurança da Federação Internacional de Motociclismo-FIM. Serão 22 etapas e algumas datas foram mudadas como os GPs da Inglaterra e da Áustria, mas Carlos Espeleta, chefe esportivo da Dorna, disse crer ser o melhor calendário dos últimos anos (veja abaixo). Segundo o CEO não haverá mais corridas em três finais de semana seguidos como em anos anteriores, permitindo que os pilotos tenham trinta dias de férias de verão em 2026.
Em relação ao GP do Brasil, Espeleta afirmou: “É a maior novidade, é um grande mercado para o esporte e onde acreditamos ter muito potencial, sendo a segunda corrida do calendário, o que é uma grande notícia”. A Aprilia está em segundo no campeonato de construtores e até o momento é a única equipe que pode ameaçar a hegemonia de Marc Marquez no campeonato. O diretor da equipe, Massimo Rivola, declarou que seu time poderia bater Marc no retorno das férias de verão. “As mudanças na equipe foram feitas para lutar pelo título, então claramente não estamos onde queríamos estar”, disse ele em Brno. “Na minha opinião, veremos o valor da Aprilia a partir de setembro e, não tirando o valor de Marco Bezzecchi que está fazendo um ótimo trabalho, creio que Jorge Martin não precisará de muitas corridas para voltar a lutar pelo pódio”, afirmou Rivola.
E continuou: “Se estamos lutando com Márquez, que está pilotando uma Ducati que parecia imbatível, estou convencido de que podemos vencê-lo também”. “Não penso que estejamos muito longe, especialmente em determinadas pistas”. “Uma pista crucial será na Áustria, que não é uma das que nos favorece”. “Vendo como Marco está pilotando e como a moto se adapta a diferentes pistas, só posso estar otimista” disse Massimo.
O circuito de Balaton, na Hungria, estreia em agosto desse ano no Mundial, e alguns pilotos da MotoGP e Superbike testaram o circuito antes do GP da Alemanha. Segundo o piloto de testes da KTM, Pol Espargaró: “A prova terá uma demanda física bastante grande, já que é um circuito curto (4,1km), com muita aderência, sem grandes retas e com várias curvas” afirmou o espanhol. Pol disse também que a segurança não é tão ruim, divergindo de Axel Bassani que questionou alguns aspectos de segurança. Os pilotos da Honda na Superbike Xavi Vierge e Iker Lecuona não gostaram do traçado, opondo-se a Danilo Petrucci e Espargaró.
A Honda, por meio do time de Lucio Ceccinelo-LCR, entrou na disputa com a Yamaha para ter o piloto brasileiro Diogo Moreira na categoria principal, que segundo especulações teria oferecido um contrato ao piloto até 2028. As duas grandes japonesas disputando o jovem talento brasileiro. Quem levará? Aguardaremos cenas dos próximos capítulos, já que nesse “mundo” vale a máxima: “nunca diga nunca”.
Legenda/ Diogo Moreira
Foto/ MotoGP